Mulher que ficou cinco anos em estado vegetativo após ataque do ex morre no Acre
09/12/2025
(Foto: Reprodução) Mulher que foi baleada pelo ex teve lesão no cérebro e estava em estado vegetativo desde 2020
Arquivo pessoal
Após mais de cinco anos em estado vegetativo, Jacicleia de Castro Vieira, de 44 anos, morreu na manhã desta terça-feira (9) em Rio Branco. Ela foi baleada pelo ex-companheiro, o taxista Luiz Felipe Santos de Azevedo, em junho de 2020, e ficou com uma lesão no cérebro após o ataque.
No dia do crime, a vítima retornava de Senador Guiomard, no interior do Acre, no carro dela com um homem de 31 anos. Ela foi perseguida pelo suspeito no bairro Santa Helena, região do Segundo Distrito da capital acreana. Ao encostar o carro ao lado da mulher, o ex-companheiro atirou três vezes.
📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp
Ao g1, uma prima de Jacicleia, que pediu para não ser identificada, disse que a mulher faleceu de parada cardiorrespiratória e obstrução intestinal. Ela estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito da capital desde a madrugada de sábado (6).
Veja os vídeos que estão em alta no g1
"Ela tinha risco de morte desde o dia que deu entrada no hospital. Desde 2020 ela não teve nenhuma melhora. Ficava acordada, piscava o olho, mas não falava. Era um estado vegetativo. É muito triste passar por tudo isso", lamentou.
O velório está marcado para esta terça, na Igreja Congregação dos Justos, no Bairro Santa Helena, Segundo Distrito de Rio Branco. Ela deixa uma filha de 17 anos.
Velório ocorre nesta terça-feira (9), em Rio Branco
Arquivo pessoal
LEIA MAIS
Mulher é perseguida e leva dois tiros em Rio Branco; ex-companheiro é principal suspeito
Mulher baleada pelo ex no Acre tem lesão no cérebro e fala comprometida, diz família
Homem é condenado a mais de 26 anos por tentar matar ex que ficou em estado vegetativo no AC
Condenado por deixar ex em estado vegetativo após tiros tem pena reduzida em 2 anos no Acre
Relembre o caso
À época, três dias após o crime, o suspeito de atirar em Jacicleia se entregou na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). Ele confessou o crime e foi indiciado por feminicídio tentado.
A estudante de gestão hospitalar morava com a mãe e a filha de 17 anos, que cuidava da mulher desde 2020. Quando ela foi liberada do hospital para ficar em casa, de forma paliativa, ou seja, um tratamento que alivia o sofrimento de doenças sem cura.
"A mãe dela está inconsolável, e a filha precisou tomar medicação. Elas que cuidaram todos esse anos da minha prima, com a manutenção da sonda no estômago pra se alimentar, medicação e até na hora de tomar banho. Por conta desse estado dela, sempre esperávamos que um dia pudesse acontecer a morte", disse emocionada.
Em novembro daquele ano, Luiz Felipe Santos de Azevedo foi condenado a mais de 26 anos de prisão por tentativa homicídio com a qualificadora de feminicídio. Além disso, também foi determinado que Azevedo pagasse indenização de R$ 100 mil à vítima por danos morais.
Reveja os telejornais do Acre
